segunda-feira, 23 de abril de 2012

Duvel

Amigos!

Domingo é dia de reunir a família e os amigos para as naturais confraternizações.

E domingo passado não foi diferente.

Sempre em boa companhia, compartilhamos do bom, velho e famoso "churrasco" de domingo, com direito a "chove ou não chove" e risoto de quiabo, preparado sempre com muito cuidado pela Érika.

Boa parte do tempo regado a lager, chegou a boa hora de apreciar algo que é marcante: a famosa Duvel.



Fabricada pela  Brouwerij Moortgat, esta Belgian Golden Strong Ale tem 8,5% de álcool, devendo ser consumida entre 4º C e 7º C.

Dentre várias boas qualidades, o creme merece destaque. Um branco que chega a doer, maciço, bem formado e persistente durante todo o tempo.

Aos olhos, amarelo quase dourado, turvo. No aroma se sente um misturado de florais, frutados e doce, com  lembrança do perfume do lúpulo, bem ao fundo.

O sabor é complexo e harmonioso. No começo, a doçura do malte selecionado, passando por uma leve acidez e um retrogosto amargo preponderante, mas bem agradável. Achei o álcool um pouco perceptível, mas nada que desabone a Cerva. Apresenta boa carbonatação e corpo leve, talvez, uma Ale apropriada para nosso clima quente.

Sem dúvida alguma, uma excelente cerveja, que vale a pena ser degustada, não só pela sua fama, mas também por sua excelente qualidade. Pra mim, perfeita... 



Saúde!!!


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Conservando a Cerveja



Amigos!

Afinal de contas, a cerveja é como o vinho, que deve “envelhecer”? Quanto mais velha, melhor???

Citando um dos maiores cervejólogos do mundo, Michael Jackson (calma, não é “aquele”): "se vir uma cerveja, faça-lhe um favor e beba-a. A cerveja não foi feita para envelhecer".

Todavia, algumas cervejas, por serem artesanais, ainda têm a fermentação ativa, e, logo, devem ser bebidas logo, no menor espaço de tempo possível. Contrariamente, aquelas fabricadas em larga escala, comerciais, são, em regra, filtradas e pasteurizadas, podendo ser conservadas por mais tempo, se armazenadas corretamente.

A armazenagem da cerveja deve dar-se, em regra, em lugar fresco e seco, numa temperatura média entre 2º e 15º C. Importante lembrar que quanto mais alta a temperatura de armazenagem, maior o efeito da fermentação, o que envelhecerá a cerveja. Significa, também, que a armazenagem abaixo de 2º C não é saudável à conservação da cerveja, pois a baixa temperatura pode retirar-lhe suas características.

Muitas cervejas se beneficiam de um envelhecimento estendido. Não estamos falando de uma cerveja comum, com uma vida média de 3 a 6 meses na prateleira – antes que a qualidade comece a despencar. Estamos falando de cervejas que imploram por maturação e armazenamento estrito como Vintage Beers (cervejas de safra), Barley Wines, Imperial Stouts, Belgian Strong Ales, Lambics, Old Ales e por aí vai. Idealmente, qualquer tipo de cerveja que possa ser guardado por um ou dois anos, ou ainda mais, de modo a construir um panteão de complexidades e mais além suas características, de uma forma positiva.



Se você se animou com a história de envelhecimento da cerveja, aqui vai a dica contra o inimigo número 1: você mesmo! Envelhecer cerveja pede muita dedicação, sofrimento, angústia... pensar naquela cerveja especial na sua adega... aguardando os anos para manifestar seu especial sabor, já dá água na boca. Envelhecer cerveja é questão de opinião e atitude!

Conquanto alguns especialistas em cerveja insistam que as cervejas de rolha devem ser mantidas na horizontal, como os vinhos, para manter a rolha umedecida, com troca de oxigênio com o exterior, tenho que toda cerveja deve ser mantida na horizontal, pois assim você diminui a área de contato do líquido, evitando sua oxidação.



Um aviso final: se sua cerveja tiver sido armazenada em um local muito frio, então a sirva imediatamente ou você terá menos carbonatação, menos aroma e menos sabor. Você também irá arriscar prejudicar seu paladar.

Feito isso, não há risco nenhum à sua cerveja!

Saúde!!!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Magnus - Boemia Pilsener

Amigos!

Depois de uma semana à base de antibióticos e anti inflamatórios (como se escreve isso depois da mudança da língua portuguesa??? Deixa pra lá...), voltamos à difícil tarefa de degustar o que há de bom. Mas nós resistiremos...

Então, mãos à obra!

A escolhida da vez é uma "bohemian style", a Magnus Boemia Pilsener, saboreada com a agradável companhia dos amigos Eli e Roberta Schettini, que nos receberam em casa e nos brindaram com pizzas maravilhosas; Gil e Érika Mesquita, que andam se aventurando pelo mundo cervejeiro (mais ele... ela pertence ao mundo dos vinhos!); Afrânio e Lílian Cardoso, com os filhos Paulo Rafael e Malu. E não podia esquecer das "donas do pedaço", Antonia e Beatriz.


Confesso que fiquei meio receoso, por desconhecer a qualidade da cerveja, mas confesso que me surpreendi. Mãos à palmatória...

A Magnus Boemia Pilsener é fabricada pela Magnus Prime Beer, com sede na cidade de Socorro-SP.

Como é natural às cervejas estilo Pilsner, devem ser consumidas entre 5º e 7º C, aproximadamente, para sentirmos a enorme gama de padrões do sabor, e tem 5,5% de álcool.

A cerveja, como eu disse, surpreende. E o páreo foi duríssimo, pois antes dela havíamos degustado a Wälls Bohemian, outra representante da espécie e que já tive oportunidade de comentar aqui, atribuindo-lhe nota máxima.

Chega, vamos à cerveja!

De coloração dourada, quase âmbar e alguma turbidez, apresenta um creme bastante espesso, presente até o final. Esta Pilsener sugere aromas cítricos, e, claro, um leve dulçor proveniente do malte. Na boca, é perceptível o equilíbrio do lúpulo (bastante presente, em razão da espécie!) e malte, que não conflitam. Apresenta o natural retrogosto seco, próprio da cerveja bem lupulada. Em tempo, a carbonatação é muito boa.

Ainda que para os padrões do "gosto nacional" ela esteja um pouco fora, em razão do amargor natural, vale muito a pena. Sinceramente, recomendo!

 Finalizando, vale...


Saúde!!!